terça-feira, 8 de abril de 2008

A Impertinência da Filosofia


  “Submersos na enchente da incapacidade de pensar e julgar”

A maioria das pessoas vive nessa realidade, mentes desapropriadas de saber, sem autonomia, apressadas em resolver questões pendentes. Mentes baseadas em certo tipo de opiniões válidas e conceitos já estipulados pela sociedade, são como um rebanho de carneiros que obedecem todas as leis e ordens impostas. Como diz Sêneca: “qualquer um prefere crer a julgar por si mesmo”

Então o que seria o saber? A questão é o que seria a filosofia?

Seu significado partiu do principio de todas as coisas, dos valores gerais da existência, da conduta e do destino do homem. Ela é nosso espelho, quebrado claro, como um quebra cabeça somente juntando todas as peças veremos a verdade do nosso reflexo. Então após nós aceitarmos a filosofia como um meio, pelo qual chegaremos a uma visão real do que é saber, entender, ter plena consciência do que é ilusão e realidade. Deparamos-nos de frente com o espelho, que nos dilacera a cada vez que olharmos para ele, nos mostrando a face real da nossa mente o poço em que vivemos. A ilusão que nós sentimos. Como conseqüência a maioria acaba virando as costas para ele, não enxergando nada além da própria sombra escurecendo nosso caminho, sem deixar vermos por onde andamos.

Pois como diz Schopenhauer: é apenas pelo meio da combinação ampla do que se sabe, por meio da comparação de cada verdade com todas as outras, que uma pessoa se apropria do seu próprio saber e o domina. Mas também só se sabe aquilo sobre o que se pensou com profundidade.

A filosofia então serve de condutor, para nos compreendermos cada pagina deste livro que chamamos de “nosso mundo”.  Que com certeza não é a Bíblia.


| LCAF |

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